quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Diagnóstico de câncer bucal


Quando surge algum sinal ou sintoma que possa ser sugestivo de câncer bucal, o dentista ou o médico irão fazer uma inspeção na cavidade oral, procurando anormalidades, caroços e outros problemas. Neste exame será verificado o palato “céu da boca”, o assoalho da boca, a parte interior dos lábios, bochechas, linfonodos, a parte de trás da garganta e a língua, em toda sua extensão. Se após a inspeção houver suspeita do câncer de boca, o profissional irá solicitar uma biópsia, que o exame responsável pelo diagnóstico definitivo.
A biópsia é um procedimento no qual o médico remove uma amostra de tecido para análise. Vários tipos de biópsias podem ser realizadas, dependendo de cada caso:


Citologia Esfoliativa
Nesta técnica, o médico raspa a superfície de uma área suspeita e estende numa lâmina de vidro o tecido recolhido. A amostra é marcada com um corante, de modo que as células cancerosas possam ser visualizadas ao microscópio. Se qualquer uma das células aparecer anormal, a região será biopsiada.
A vantagem desta técnica é que é fácil, e cada área com aparência ligeiramente anormal pode ser avaliada. As vezes não é possível ver a diferença entre as células cancerosas e células anormais, que não são cancerosas, denominadas células displásicas, nesse caso a biópsia deve ser realizada.


Biópsia Incisional
Este é o tipo mais comum de biópsia para a região da boca ou garganta.
Esta biopsia pode ser realizada em consultório médico ou no centro cirúrgico, dependendo da localização do tumor. Quando o procedimento é realizado no consultório, a área ao redor do tumor é anestesiada. Se o tumor é profundo, a biópsia é feita numa sala cirúrgica, com o paciente anestesiado. O cirurgião utiliza o endoscópio para remover pequenas amostras de tecido.


Biópsia Aspirativa ou Agulha Fina
Na biópsia aspirativa por agulha fina, o médico utiliza uma agulha muito fina para aspirar algumas células do tumor, que são posteriormente enviadas para análise.

Esta técnica não é utilizada em áreas suspeitas da boca ou da garganta, mas às vezes é necessária quando um paciente, por exemplo, tem uma massa cervical que pode ser sentida na palpação ou visualizada na tomografia computadorizada. Este procedimento pode ser útil em diversas situações, como por exemplo, diagnosticar a causa de uma massa cervical, determinar a extensão e comprometimento da doença, e avaliar recidiva.